2351m de aventura e beleza natural

Há um pintor que pinta a negro e branco
para chegar aos vários tons de azul e verde.
Eu digo a cor suprema
Onde todas se conjugam e nenhuma
se perde.
O anel de nuvens e de bruma
Em volta do poema.
Ou o som do silencia. A faia e o vento
ou talvez o basalto
e o tom incerto
do cinzento.
E de súbito o Pico descoberto
O azul o branco a luz do alto

Manuel Alegre, 14/04/97

A Montanha do Pico exerce uma permanente atracção. Todos a desejam escalar, mas só alguns ousam aceitar o seu chamamento.

A subida começa, na Casa da Montanha, localizada a 1200 metros e onde se pode chegar de carro. Aí o viajante regista-se e inicia escalada, junto à escultura "Guardião da Montanha" da autoria do escultor açoriano Nuno da Câmara Pereira.

Atingir o seu cume, não é difícil, mas cansativo, só sendo aconselhável a pessoas com alguma aptidão física.

O maior perigo da escalada é alguma imprevisibilidade das condições climatéricas, aliado ao diferencial de temperatura que entre a base da montanha e o cume chega a ser superior a 16 graus, pelo que aconselhamos vivamente que a subida seja sempre acompanhada por um guia credenciado.

Inicia-se então o trilho circular, termina e começa no mesmo sítio, com uma extensão de 3450 metros, desenvolve-se entre as cotas de 1230 e os 2351 com a duração média do percurso de cerca de 7 horas, num terreno acidentado, com locais de terra e rocha, ocorrendo por vezes materiais soltos, com um grau de dificuldade moderada a elevada.

Durante a escalada terá possibilidade de admirar e fotografar o magnífico panorama proporcionado pelo conjunto das ilhas de Pico, Faial, São Jorge, Graciosa e Terceira.

Aconselhamos o inicio da subida ao fim da tarde, pernoitando na caldeira.

Assim poderá desfrutar o espectáculo maravilhoso e inesquecível do por e do nascer do sol, no ponto mais alto de Portugal.